10 março 2011

Missão no Oriente busca ampliar exportação de soja para os países asiáticos pelo Porto de São Francisco do Sul

Uma comitiva de três deputados estaduais, incluindo o presidente e o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, parte para a China, Coreia do Sul e Japão na noite de quarta-feira. O objetivo da viagem pouco tem a ver com temas parlamentares. Eles vão acompanhar um grupo de empresários que busca ampliar a exportação de soja para os países asiáticos pelo Porto de São Francisco do Sul. O governo do Estado também teria sido convidado a enviar representante, mas rejeitou.

A principal discussão é a construção de um terminal privado no porto, com o objetivo de ampliar a parceria entre catarinenses e chineses e o volume da exportação de soja. O empresário Alberto Raposo de Oliveira, o Beto Raposo, afirma que o grupo chinês especializado no esmagamento do grão já importa 4 milhões de toneladas através de São Francisco do Sul e quer ampliar a parceria.

Um protocolo já foi discutido em outras viagens, com presença do deputado Jailson Lima (PT), primeiro-secretário da Assembleia. Desta vez, ela será acompanhado pelo presidente Gelson Merísio (DEM) e pelo deputado estadual Kennedy Nunes (PP).

Gelson Merísio nega que a agenda se resuma a assessorar os negócios de empresários catarinenses e chineses. “Uma das visitas vai ser com um pessoal da China que quer investir em Santa Catarina na área da soja. Mas é uma delas. Existem outras agendas”, afirma.

Estariam incluídas conversas com empresas dos setores energético e automobilístico dispostas a investir no Estado. Merísio não sabe dizer por que o governo estadual não faz parte da comitiva.

O deputado Kennedy Nunes acredita que o Executivo deixou a discussão para os parlamentares por causa da restrição de gastos imposta pelo governador Raimundo Colombo nos primeiros 120 dias de governo.

Embora o convite tenha partido dos chineses, as despesas dos parlamentares serão cobertas pela Assembleia.

Os deputados negam que a viagem para intermediar negócios privados seja uma tarefa fora das atribuições do legislativo.

“Só faz esse tipo de crítica quem não entende o papel do parlamentar. Quem conhece a forma de negociar dos chineses, sabe que para eles a presença do deputado dá outro peso”, diz.


Fonte:A Notícia

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